Autismo nível 1 x Asperger
Olá, pessoal! Hoje vamos falar sobre um assunto que desperta curiosidade e, ao mesmo tempo, levanta muitas dúvidas: a diferença entre Asperger e Autismo Nível 1. Além disso, vamos explorar a origem do termo "Asperger" e entender por que não o utilizamos mais. Vamos embarcar nessa jornada descontraída e desvendar esses mistérios!
Primeiro, vamos esclarecer uma coisa: tanto Asperger quanto Autismo Nível 1 são considerados parte do espectro do autismo. No entanto, existem algumas diferenças distintas entre eles.
O Autismo Nível 1, também conhecido como "autismo leve", é uma forma de autismo em que os indivíduos têm dificuldades sociais sutis e comportamentos repetitivos. Pessoas com Autismo Nível 1 podem ter interesses intensos em um assunto específico, mas conseguem levar uma vida relativamente autônoma e independente. Embora enfrentem desafios sociais, como dificuldade de leitura de expressões faciais e sutilezas sociais, eles geralmente têm habilidades de comunicação funcional.
Já o termo "Asperger" refere-se a uma condição específica do espectro do autismo. Foi cunhado por Hans Asperger, um pediatra austríaco, na década de 1940. Asperger observou crianças com características semelhantes e cunhou o termo "psicopatia autista" para descrever esses indivíduos. Mais tarde, em 1981, a psiquiatra britânica Lorna Wing popularizou o termo "Síndrome de Asperger", reconhecendo as características únicas dessa condição.
A síndrome de Asperger é caracterizada por dificuldades na interação social e comunicação, além de interesses intensos em assuntos específicos. No entanto, as pessoas com Asperger geralmente não apresentam atrasos significativos no desenvolvimento da fala e, em muitos casos, têm um bom domínio da linguagem. Embora a síndrome de Asperger tenha sido considerada uma condição separada durante muito tempo, a partir de 2013, com a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), ela foi incorporada sob a categoria mais ampla do autismo.
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Agora, você deve estar se perguntando: por que não usamos mais o termo Asperger? Essa é uma questão complexa e controversa. Uma das razões é a busca por uma terminologia mais unificada e abrangente para descrever o espectro do autismo como um todo. O uso do termo "Asperger" pode levar a uma fragmentação do espectro, sugerindo que é uma condição separada e distinta do autismo.
Além disso, o legado de Hans Asperger não carrega bom histórico. Estudos recentes revelaram que ele colaborou com o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, enviando crianças com deficiências mentais para instituições onde muitas delas acabaram sendo mortas. Essas descobertas levantaram preocupações éticas e levaram à discussão sobre a remoção do nome de Asperger da terminologia do autismo.
Embora o termo Asperger não seja mais amplamente utilizado, a conscientização sobre as características e desafios associados ao Autismo Nível 1 continua a crescer. O foco está em compreender as necessidades e habilidades individuais de cada pessoa no espectro do autismo, em vez de rotulá-las com base em um diagnóstico específico.
Em resumo, embora Asperger e Autismo Nível 1 compartilhem semelhanças, cada um possui suas particularidades. O termo Asperger foi introduzido por Hans Asperger e, embora tenha sido usado por muitos anos, hoje em dia busca-se uma terminologia mais unificada e abrangente para descrever o espectro do autismo como um todo.
Ficou alguma dúvida? Me escreve nos comentários.
Um abraço!
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